sexta-feira, janeiro 18, 2008

Ecos



Dou por mim a espreitar o tempo pela porta entreaberta da noite...

Vejo uma espécie muito rara de angústia...
lenços que guardam lágrimas antigas..
papéis amarelecidos pelo idade..
toques suspensos no tempo.

Vejo uma espécie única de medo...
que me chega através das paredes..
se enovela nos cortinados..
e se senta ao meu lado no sofá.

E o silêncio.
O silêncio que se chama «eu» e se diz «tu».