Encruzilhada
Como sonâmbula... deambulo erraticamente pela casa..
Assassino a esperança..
Já há muito fui iniciada no ritual da tristeza, do enfado e da desilusão.
Com os lábios pretos das amoras silvestres e uma mão-cheia de flores efémeras, procuro pendurar-me nas nuvens do sonho.
Mas tenho a melancolia varada no sangue..
E a fantasia esvaiu-se-me do coração.
Como tudo isto me sabe a nada..
Sinto em mim esta incomodidade secreta... que me empurra para uma encruzilhada onde a mudança se impõe.
Não se sabe, às vezes não se sabe, se a mudança de movimento vale alguma coisa. Muda-se, é tudo.
Não se pode ficar, demoradamente, na mesma estação, pois o próprio do Ser Humano é a mudança.
Variar o tempo e recompensar cada movimento com um outro.
Por isso movimento-me ...
Sei que reviverei como a fabulosa ave: a Fénix.
Retomarei os passos perdidos como se tudo renascesse e se refizesse dentro daquilo que sou.
Não pretendo mais caminhos de favor para me cumprir.
Quero manter intacta a generosidade disponível e a reserva de sonhos e amor que me habitam.
Quero pertencer ao mundo que se conhece vivo para viver.
Vida que germina desde a ponta dos dedos até ao oculto pulsar do coração.
Na prática nem sempre o amor é justo.
Dou comigo de contradição em contradição, em face do meu próprio amor e do meu próprio sonho.
Partilharam comigo um poema:
Disseram-me que fora escrito para alguém que se cansou de amar.
Ah.. como gostava de ter sido eu a escrevê-lo!
É belo, intimista, com uma escrita suave e terna.
Escrito por alguém que faz muito bem a fusão entre os sentimentos e as palavras.
Traduz magistralmente o que me vai na alma.
Partilho-o convosco.
« Se eu te procurar numa noite fria..
Vais querer-me porque precisas do meu agasalho.
Mas nos dias tépidos do verão..
Quando as noites mornas aconchegam a tua alma..
Vais adiar-me para o Outono.
E no cair das folhas de que se vão despindo as árvores..
Já eu me terei despido de ti.
E estarei vestida das cores garridas..
Que se usam no Inverno e no verão..
E em todas as estações.»
Assassino a esperança..
Já há muito fui iniciada no ritual da tristeza, do enfado e da desilusão.
Com os lábios pretos das amoras silvestres e uma mão-cheia de flores efémeras, procuro pendurar-me nas nuvens do sonho.
Mas tenho a melancolia varada no sangue..
E a fantasia esvaiu-se-me do coração.
Como tudo isto me sabe a nada..
Sinto em mim esta incomodidade secreta... que me empurra para uma encruzilhada onde a mudança se impõe.
Não se sabe, às vezes não se sabe, se a mudança de movimento vale alguma coisa. Muda-se, é tudo.
Não se pode ficar, demoradamente, na mesma estação, pois o próprio do Ser Humano é a mudança.
Variar o tempo e recompensar cada movimento com um outro.
Por isso movimento-me ...
Sei que reviverei como a fabulosa ave: a Fénix.
Retomarei os passos perdidos como se tudo renascesse e se refizesse dentro daquilo que sou.
Não pretendo mais caminhos de favor para me cumprir.
Quero manter intacta a generosidade disponível e a reserva de sonhos e amor que me habitam.
Quero pertencer ao mundo que se conhece vivo para viver.
Vida que germina desde a ponta dos dedos até ao oculto pulsar do coração.
Na prática nem sempre o amor é justo.
Dou comigo de contradição em contradição, em face do meu próprio amor e do meu próprio sonho.
Partilharam comigo um poema:
Disseram-me que fora escrito para alguém que se cansou de amar.
Ah.. como gostava de ter sido eu a escrevê-lo!
É belo, intimista, com uma escrita suave e terna.
Escrito por alguém que faz muito bem a fusão entre os sentimentos e as palavras.
Traduz magistralmente o que me vai na alma.
Partilho-o convosco.
« Se eu te procurar numa noite fria..
Vais querer-me porque precisas do meu agasalho.
Mas nos dias tépidos do verão..
Quando as noites mornas aconchegam a tua alma..
Vais adiar-me para o Outono.
E no cair das folhas de que se vão despindo as árvores..
Já eu me terei despido de ti.
E estarei vestida das cores garridas..
Que se usam no Inverno e no verão..
E em todas as estações.»